Melhores experiências geram melhores negócios, e por isso trouxemos 5 dicas que irão ajuda-lo a melhorar muito a experiência do usuário de quem utiliza seu produto ou serviço:
1) Uma boa tipografia faz milagres
Talvez você não seja ainda um amante de fontes, e por isso lhe darei alguns bons motivos, pois elas vão bem além do tom de comunicação da leitura (caso interessar pode assistir o documentário Helvética) ou mera tendência de design baseado em tipografia, além de influírem na legibilidade, elas podem influir nas conversões.
Em 1981, dois psicólogos realizaram um estudo onde perguntavam a estudantes através de um impresso: “Quantos animais de cada espécie foram levados na arca de Moisés?”. Em metade dos panfletos, a pergunta estava escrita numa fonte de fácil leitura, enquanto a outra metade foi escrita numa fonte de leitura complicada.
Numa fonte de fácil leitura, 88% dos estudantes perceberam logo de cara que havia um erro na pergunta (arca de Noé), contra apenas 53% dos que participaram da pesquisa com os panfletos de fonte complexa.
Ao que parece uma fonte de menor legibilidade faz com que as pessoas coloquem mais atenção naquilo que estão lendo, e repensem tudo excessivamente. Essa é uma das razões pela qual o Medium possui leitura tão agradável.
2) Pão e salsicha fazem um cachorro-quente
Você pode colocar muitos ingredientes em um cachorro-quente, ainda mais se estiver em São Paulo. Pode colocar purê de batata, vinagrete, ricota, milho, cebola, batata palha, mas no final um cachorro-quente é feito principalmente de pão e salsicha.
Se tivéssemos que tirar todos os ingredientes até que o cachorro-quente se tornasse um MVP (mínimo produto viável) seria apenas o pão e a salsicha. Deveria ser dessa forma que pensamos em funcionalidades, talvez para um desenvolvedor um produto com várias funcionalidades seja elegante, mas para o usuário médio é algo confuso.
Toda vez que pensar em um novo produto, pense no conjunto mínimo de funcionalidades e corte todo o resto. Ou use a seguinte pergunta:
Qual é o pão e a salsicha que compõem esse produto?
3) Se parece complexo, corte em partes
Não é incomum receber um briefing extenso e confuso, com intermináveis funcionalidades. Nesse caso o melhor é dividir o problema em partes! Se você realmente estiver travado comece com o básico, uma página e um botão, aquele que deverá ser seu foco de conversão na página, depois evolua para a chamada deste botão e o resto dos elementos que seguem uma ordem de prioridade.
Uma técnica que funciona comigo para categorizar tanto conteúdo quanto funcionalidades é o método MoSCoW.
E não se esqueça da dica anterior, nunca sobrecarregue demais seu cachorro-quente.
Esta dica também vale no caso de ter que apresentar algo muito extenso, como no caso de um formulário de cadastro de e-commerce: se você deve pedir os dados pessoais, endereço e dados de pagamento, que tal segmentar isso em seções de uma única tela para melhorar a experiência do usuário?
4) Teste a experiência do usuário fora da telona
É comum olharmos o desenho de uma tela mobile no monitor grande, afinal ali dá pra ver bem cada um dos elementos, as cores, a fonte… Fica bonito não?
O grande problema é que isso ignora grande parte do contexto, que é exatamente uma tela pequena e cujos comandos são realizados via toque direto.
Qual é a posição que este usuário segura no aparelho? Com uma das mãos? Com as duas?
Segundo um estudo que observou mais de 1.300 pessoas utilizando telefones celulares em lugares públicos, a forma mais comum é apresentada abaixo, sendo as áreas em vermelho consideradas as mais difíceis de se alcançar.
O tamanho dos botões também é importante, segundo as diretrizes de interface humana do iOS, o tamanho mínimo de um botão deve ser 44 x 44 pixels.
5) Aceite que são apenas hipóteses e teste até ter certeza
Observe seus usuários, como eles lidam com seus problemas ou até seu produto se este já existir, crie hipóteses baseado nisso, teste-as e só aí depois diga que isto é um aprendizado!
Um aprendizado trazido de outro projeto nem sempre se aplica no seu atual, afinal muda-se o público, os dispositivos, a cultura e bem provavelmente o comportamento.
Testar a experiência do usuário por meio de testes de usabilidade e A/B pode ajudar muito, use-os até enjoar!