O Chief Technology Officer (CTO), ou em português: Diretor(a) de Tecnologia/ Gerente de Tecnologia, é o cargo principal e executivo da área de TI de uma organização. Ele é muito necessário para delegar funções e supervisionar o setor e promover a inovação dos produtos e serviços.
Muitas vezes atribuímos o crescimento de uma empresa às áreas de Marketing e Vendas devido a relação direta delas ao sucesso do negócio. Porém, sem um produto de qualidade, fácil de usar e que retenha os usuários, não adianta atrair público, muito menos vender mais. E ser o “dono” desse produto é justamente o que define esse profissional.
O significado de CTO é Chief Technology Officer. Ele é o Gerente ou Diretor de Tecnologia, ou o Diretor Técnico.
Em uma startup, por exemplo, os papéis do time de Produto (funcionalidades, estratégias) e Desenvolvimento (tecnologia, programação) são sobrepostos até que a empresa cresça o suficiente para separar estas duas áreas.
E é justamente isso o que significa ser CTO no início de uma startup: um profissional responsável por ambas as áreas. A principal função desse cargo é aliar a visão estratégica do produto com o know-how das tecnologias atuais para desenvolver o melhor SaaS possível!
Quais são os principais conceitos relacionados ao cargo de CTO?
SaaS significa Software as a Service, e o primeiro “S” (Software) é seu “ovo de ouro”, ou seja, o seu produto principal. Isso significa que ele precisa passar por um desenvolvimento até se transformar na sua versão ideal.
Nesse sentido, o Chief Technology Officer é fundamental, afinal, o “C” significa Chefe, portanto ele estará liderando os processos para atingir esse objetivo de entregar o melhor software. Quer “mandar bem” nessa área? Então fique de olho nos demais conceitos!
1. A diferença entre MVP e MSP
Você provavelmente deve ter ouvido falar na sigla MVP (Minimum Viable Product), ou seja, um produto minimamente viável.
Ele é apenas o suficiente para demonstrar o valor inicial do seu serviço, e normalmente carece de vários aspectos como:
Normalmente você vê os 10 primeiros clientes aceitando a proposta de valor inicial e comprando seu MVP. Porém, para chegar aos 100 clientes, você precisará de um MSP (Minimum Sellable Product), ou produto minimamente vendável.
Esse produto passou pelas características que o MVP não tinha: projeto de design e UX, stress test para determinar bugs e melhorar estabilidade e confiabilidade, e tem um roadmap claro de produto.
O mais importante: cuide muito bem da transição do MVP para MSP, e faça isso rapidamente.
Quanto mais ela demorar, menos você vende, e essa é uma regra dolorosamente aprendida no primeiro ano de construção da estratégia de um SaaS.
Na Meetime, encontramos inúmeras barreiras, desde pequenos bugs até firewalls bloqueando nossa videoconferência, e fomos forçados a desacelerar a prospecção e voltar todas as atenções para o produto.
2. Roadmap de Produto
O roadmap de produto é um mapa, uma estratégia do software, e define como a proposta de valor será traduzida em funcionalidades do seu SaaS.
O horizonte de elaboração de um roadmap de produto é de médio a longo prazo.
As funcionalidades são escolhidas e projetadas ao longo do tempo baseando-se na diferenciação de mercado, com o objetivo de ganho de market share.
Perceba a orientação externa do roadmap do produto: ele é feito com base na percepção de valor dos consumidores, e não somente da sua empresa. O que ele (o conjunto de clientes, claro) afirma ser valor suficiente para pagar pelo seu software.
Alguns mitos sobre o roadmap de produto:
é um mapa das próximas features somente: o roadmap de produto é muito mais do que somente features colocadas numa linha do tempo. É uma estratégia de diferenciação da concorrência, vista sob a ótica de desenvolvimento. Pensar somente em features é programar-se para perder o norte estratégico;
serve somente para investidores: o roadmap de produto serve também para investidores terem uma análise de como a empresa está se posicionando. Mas a principal função dele é fornecer um horizonte estratégico para a empresa frente aos concorrentes, para ser analisado no dia-a-dia e orientar as decisões de trabalho.
O mais importante sobre o roadmap de produto: diferenciação!
3. Up-selling
Up-selling é a tática de oferecer opções de planos de mais valor ao serviço, por meio de funcionalidades e recursos extras, e conduzir o cliente naturalmente à migração através do sucesso dele.
Isso faz com que o ticket médio por cliente aumente, melhorando a saúde financeira do seu SaaS a longo prazo.
Perceba que a segunda parte da nossa definição envolve algumas premissas:
migração natural: qual o caminho natural para que o cliente percorra dentro do seu SaaS? Ele não pagará por funcionalidades secundárias, pelas quais não usará.
Por exemplo: times de Inside Sales que performam bem com a Meetime aumentam a equipe de vendedores. Portanto, que tipos de features equipes com mais vendedores podem se beneficiar com a Meetime?
Esse é o pensamento para tornar a migração para estes planos algo muito mais natural.
sucesso do cliente:qual o caminho que um cliente traça à medida que está tendo sucesso com sua plataforma? Quais marcos ele precisa atingir para ver sentido em outra funcionalidade?
Exemplo
Suponha que sua empresa seja um SaaS de Marketing Digital. Existem inúmeras vertentes pelas quais você pode seguir, mas pense no seguinte caminho lógico: seu cliente começa a gerar os primeiros leads, e já não consegue mais lidar com a quantidade de maneira manual.
Surge a primeira demanda por uma funcionalidade de automação de marketing.
Após certo tempo, a quantidade de leads é tão grande que fica mais do que essencial classificá-los de acordo com a buyer persona ideal (lembre-se dos passos na gestão de marketing).
O mais importante: estruturar seu up-selling envolve ambos: fazer uma migração natural, através do sucesso do cliente.
Dessa forma ele estará disposto a subir o próximo degrau e lhe dar mais dinheiro por mais valor agregado.
Antes que você consiga definir como o sucesso do cliente ocorre e como a migração se torna natural, é perda de tempo pensar, hein!
Só com o sucesso do seu cliente você conseguirá aumentar seu ticket médio oferecendo mais funcionalidades.
“O principal trabalho do Chief Technology Officer é garantir que a estratégia de tecnologia da empresa atenda à sua estratégia de negócios.” Essa é uma definição do Eric Ries, autor do livro Lean Startup.
Portanto, tudo o que orbitar em conciliar a estratégia de negócio com a estratégia de tecnologia da companhia é responsabilidade do CTO resolver.
Separamos as três principais:
1. Contratar ÓTIMOS desenvolvedores
Vamos começar do início: antes de tudo, SaaS são empresas de software e empresas de tecnologia precisam ter ótimos programadores.
Não bons, não medianos, ÓTIMOS!
Pense principalmente por fases: os primeiros desenvolvedores serão chave para seu produto. Segundo especialistas, nenhuma startup se recupera de 10 primeiras contratações ruins.
Portanto, como CTO, este conceito precisa estar bem entendido: capriche muito nos primeiros desenvolvedores que você contratar.
Estes profissionais construirão as bases do que será seu produto daqui a três anos. E um produto escalável passa pelas mãos de ótimos programadores.
2. Vigilância de novas tecnologias
Como CTO, essa é sua responsabilidade mais séria: manter-se à frente da concorrência e fazer com que seu software esteja constantemente no estado da arte.
Isso tem impactos sérios nas vendas e deveria tomar boa parte do seu tempo em leituras e acompanhamento das tecnologias.
3. Fornecer opções!
O conceito de CTO envolve manter a mente aberta e sempre fornecer opções!
É assim que tocamos na Meetime: jamais ouvimos “isso não dá pra fazer!” sem análise prévia.
O que significa ser CTO, nesse contexto? Nunca desistir! O CEO da sua empresa jamais desistirá de encontrar um mercado novo, uma estratégia de penetração nos mercados atuais ou um pivotamento no modelo de negócio.
Seu CMO nunca desistirá de atrair público qualificado, nem mesmo de convertê-los em leads. Portanto, sua missão é fornecer opções e fazer acontecer.
Quais habilidades um CTO precisa ter?
As principais habilidades são:
domínio da tecnologia;
visão analítica;
facilidade e capacidade de liderar uma equipe;
saber lidar com riscos;
proatividade;
criatividade;
inovação.
Além disso, o profissional deve ter boas recomendações, boa comunicação oratória, conhecer bem a empresa e suas possíveis fraquezas tecnológicas a serem resolvidas.
Agora que já entendeu o que significa CTO e a sua importância para as empresas Saas, confira o material de treinamento de SDRs da Meetime para ter melhores resultados na prospecção de clientes!
FAQ
Qual o significado CTO?
O Chief Technology Officer (CTO), ou em português: Diretor(a) de Tecnologia/ Gerente de Tecnologia, é o cargo principal da área de TI de uma organização.
O que é CEO e CTO?
O termo CEO vem do inglês e significa Chief Executive Officer, ou seja, o Diretor(a) Executivo(a). Enquanto isso, o CTO é o Chief Technology Officer ou seja Diretor(a) de Tecnologia.
Qual é o papel de um CTO?
O papel de um CTO consiste em montar um bom time de tecnologia e auxiliar a equipe em seus projetos. Apesar de estar na área de tecnologia, este cargo é voltado para a área executiva, pois o profissional atua de maneira estratégica para realizar o planejamento da empresa.
Quanto é o salário de um CTO?
O salário médio de um CTO no Brasil é de R$ 12.137,00, segundo o site Vagas.com.br.
Diego Cordovez
Co-fundador da Meetime
Diego Cordovez é Engenheiro Mecânico, sócio e diretor da Meetime. É responsável pelo maior mapeamento sobre este assunto no Brasil, a pesquisa Inside Sales Benchmark Brasil, e há 4 anos apresentador do podcast Casts for Closers, eleito em 2019 o melhor podcast de Vendas do Brasil, pela Vendas B2B Awards.