Quando a boa oratória se torna mentira

Um bom vendedor trabalha com as suas palavras. Existem diversas técnicas de vendas e metodologias, mas, no fundo, o discurso do vendedor é uma das suas maiores armas. Por isso, não é pouco considerar que a boa oratória seja uma qualidade desejável em um vendedor. O vendedor que não sabe se expressar bem pode ser mal compreendido ou não ser levado a sério. 

Porém, quando se fala de uma boa oratória, é necessário ter cuidado. Muitos entendem essa qualidade apenas como ser simpático, ou seja, uma pessoa que é agradável, educada, que tem facilidade em conquistar as pessoas. 

Uma boa oratória faz isso, porém ela também precisa desafiar, fazer o outro pensar, não ter medo de entrar em assuntos delicados. Essa parte acaba sendo esquecida muitas vezes, porque ela precisa ser acompanhada de inteligência emocional. 

Quando isso acontece, e todo o esforço do discurso do vendedor se volta para apenas agradar o cliente, é comum que as mentiras apareçam. As mais comuns são as promessas exageradas de resultados. Algo que o lead só vai perceber depois que estiver usando o produto. 

No passado, isso era chamado de “lábia”. Ou seja, a capacidade de torcer um pouco a realidade para fechar uma venda. O problema é que, além de ser antiético, isso não funciona mais. 

Em um contexto em que o cliente faz múltiplas compras com você, por exemplo o modelo de assinatura de serviços, e tem todo o poder de buscar e disseminar informações, mentir só funciona para vender uma vez. Na próxima, a sua reputação já está manchada e o cliente não fará mais negócios com você. 
Para ser um bom orador, não é necessário mentir. Pelo contrário, continue sendo educado, gentil, agradável, mas não deixe de falar a verdade para o seu cliente. Inclusive, a de que outro produto pode servir melhor para o problema que ele está enfrentando, se for o caso. 

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