casts for closers #196
Networking e Carreira: como construir uma rede de relacionamentos
Convidado: Gustavo Pagotto- 45min
- 9 setembro 2022
Está no ar mais um episódio do Casts for Closers, o podcast da Meetime. Hoje conversamos com o Gustavo Pagotto, um especialista em vendas B2B e mentor em diversas aceleradoras, que está construindo a maior comunidade de vendas B2B do Brasil. Entre os temas do bate-papo estão:
Abaixo, você pode acompanhar o episódio completo no Youtube ou Spotify, e o blogpost com os principais insights do Gustavo Pagotto durante o episódio.
Antes de mais nada, o episódio de hoje está maior do que de costume porque acreditamos que esse é um tema super relevante para qualquer pessoa que esteja ouvindo a gente. E também é algo que qualquer um pode continuar evoluindo indefinidamente no seu processo.
Então, para começar a falar do assunto, nossa primeira pergunta para o Gustavo foi justamente para provar a importância do networking para as carreiras nos dias de hoje.
Segundo ele, as pessoas precisam estar constantemente investindo em seus relacionamentos interpessoais com outras pessoas. Seja dando palestras sobre determinado tema, seja tomando um café.
Isso tudo faz com que essas pessoas acabem se lembrando muito mais de você. Mas, além disso, se cria um ciclo virtuoso, onde se abrem caminhos para que eventualmente você também possa pedir ajuda, já que, de certa forma, “pagou antecipado” por isso.
O que muitos não conseguem enxergar são os resultados imediatos desses esforços. Gustavo aponta, justamente, que eles vêm muito mais no longo prazo e isso só colabora mais ainda com a ideia de que é bom estar investindo sempre que possível.
Para Gustavo, antes de investir em Networking é importante mapear os seus objetivos com tudo isso. Falando mais especificamente para um profissional de vendas, ele convida a se perguntar onde você se imagina em 5, 10 ou 20 anos para começar a entender qual rumo seguir nesse mercado.
Com quem você pretende se relacionar em termos de pessoas, empresas e segmentos? Tendo essa resposta mapeada, você precisa observar atentamente as oportunidades que surgem para que se conecte com esses pontos.
Mais uma vez, pode acabar sendo uma venda, uma conversa com uma pessoa específica, uma palestra, entre outros. E pode ser que você só descubra que foi uma virada de chave muitos anos depois.
Nós sabemos a influência que as redes sociais proporcionam nos dias de hoje. E pensando em negócios, ter visibilidade através delas também é uma forma de construir relevância para conexões de preferência.
Hoje tudo é feito através do ambiente digital, então saber a maneira adequada de se posicionar dentro dele, é mais uma forma de cultivar bem esses relacionamentos potenciais.
Para Gustavo, nesse ambiente existem 3 tipos de pessoas: o passivo, que só fica aguardando para sugar informações dos outros; o chato virtual, que é aquela pessoa que só quer divulgar o próprio negócio, mas não ajuda de uma forma qualitativa; e, por fim, as referências, de fato, que são aquelas pessoas que dão e recebem e acabam se tornando um modelo a ser seguido nesse meio.
Cada vez que você fecha uma porta, trata mal uma pessoa ou reproduz um comportamento que fere uma imagem de um grupo, você acaba se colocando para trás, pois isso vai exatamente contra as boas práticas de um relacionamento saudável.
As pessoas querem estar onde e com quem elas se sentem bem, então é preciso deixar o egocentrismo de lado e lembrar do outro.
Além disso, é muito importante ajudar e colaborar com as necessidades das outras pessoas de bom grado. Pode ser que um dia você precise da ajuda delas também. Gustavo conta que é muito comum ver pessoas que ignoram certos pedidos e tempos depois acabam pedindo a mesma coisa de volta e, certamente, poucos terão sucesso dessa maneira.
No nosso papo, não podíamos deixar de direcionar todo esse assunto pro universo dos SDRs e as vantagens do networking para esses profissionais de vendas.
E entre diversas possibilidades, Gustavo citou a capacidade de conhecer talentos e explorar perfis diversos. Além disso, é muito possível encontrar prospects ou mentores. Também é provável que você evolua encontrando referências específicas na sua área e esse networking também te abre portas para movimentações na sua carreira, caso a sua empresa atual não seja o que você procura.
Para finalizar nossa conversa, Gustavo deu dicas práticas de como participar de uma comunidade no dia a dia.
E aí, curtiu nosso papo? Abaixo deixamos linkados os conteúdos extras sugeridos no episódio para você conferir!
E esse foi o nosso Casts for Closers com o Gustavo Pagotto. Se curtiu, não deixe de nos seguir na sua plataforma de áudio favorita e recomendar para os seus amigos que precisam dessas dicas.
Nos vemos no próximo episódio!
Cordovez: Olá pessoal, tá no ar mais um episódio do Casts For Closers, seu podcast para dominar Inside Sales e colocar suas metas no bolso.
Pra você que nos ouve pela primeira vez, meu nome é Diego Cordovez, e esse programa é feito pela Meetime, referência brasileira em Inside Sales. O software da Meetime organiza prospecção dos seus SDRs pra que eles sejam mais produtivos, gerem mais oportunidades comerciais, ou seja, mais Pipeline de vendas.
Pra conhecer o Meetime Flow, acesse meetime.com.br
O tema do episódio de hoje é: Networking e carreira: Como construir uma rede de relacionamentos.
E hoje nós vamos fazer algo que eu não costumo fazer, mas eu só vou fazer porque eu trouxe um amigo, que eu não faria isso com a agenda de qualquer convidado. Eu rasguei a regra dos 30 minutos, então a gente vai fazer um episódio muito mais aprofundado porque esse tema é muito importante, está na vida de você, está na minha vida, está na vida do convidado de hoje e o máximo que a gente chegou foi falar de Social Selling, que não arranha o tema networking de maneira apropriada como ele merece com um episódio dedicado.
Eu estou falando do Gustavo Pagotto, especialista em vendas B2B, mentor em diversas aceleradoras, membro do conselho de empresas, está construindo a maior comunidade de vendas B2B do Brasil ainda a ser lançada!
Mais uma vez cara, teu segundo episódio com a gente, fica muito à vontade pra se apresentar pra audiência que ainda não te conhece e pra dar um abraço aí em quem está ouvindo esse episódio agora com a gente.
Gustavo: Cordovez mais uma vez é um super prazer! Sou ouvinte super assíduo do podcast, então pra mim é um orgulho, fico feliz, mostro pra família quando sai o episódio, então cara acho que vai ser muito legal mais esse papo!
Pra quem ainda não me conhece né, eu sou o Gustavo Pagotto, trabalhei os últimos 15 anos com vendas B2B. Comecei minha trajetória na Totvs, onde eu fiquei 7 anos, depois muita gente me conheceu de fato quando eu fui pro LinkedIn fazer o lançamento do Sales Navigator, e todo o conceito de Social Selling pra América Latina.
Depois, em 2019, fui pra Creditas, liderar a área de vendas ali, mais destacadamente a área de parcerias e toda a estruturação do que hoje se chama Creditas Benefícios, vendendo pra
pras áreas de RH. E nos últimos 3 meses, além de me dedicar pro meu casamento, eu comecei a estudar muito sobre comunidades de vendas e trabalhar muito próximo de algumas outras startups, né?
Então, eu tenho sido mentor de algumas empresas, tenho dado treinamentos de vendas aí como instrutor em algumas escolas de negócios. E, recentemente, fundei a Pipelovers, que é uma grande comunidade de profissionais de vendas, tá no seu começo, mas a gente já tá com mais de 200 membros e a coisa tá girando rápido, cara, tá divertido!
Cordovez: Que massa! Pessoal, nesse episódio a gente vai falar sobre porque fazer networking, como fazer networking pra líderes de vendas, networking pra quem não é líder de vendas, STRs, vendedores, a gente vai falar de comunidades, o assunto da Pipelovers, do negócio do Gustavo Pagotto, vai falar sobre muita coisa; Mais uma vez esse é um episódio aprofundado.
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inicial pra você já receber esses conteúdos do Casts For Closers um dia antes.
Pagotto, pulando pro episódio, cara, pra gente setar a base dele. Networking a gente vai definir aqui como a construção da nossa rede de relacionamentos, de contatos profissionais, né?
Do início cara, muitos profissionais de vendas, como tu mesmo mencionou nem investem tanto tempo em networking porque não sabem o resultado que podem tirar. Então cara, do início, porque fazer um bom network?
Gustavo: A minha história com networking, ela é interessante né? Quando a gente escuta das pessoas mais experientes, a história que o mundo gira. Eu comecei a trabalhar em vendas na Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, ou seja, é uma associação de empresas que basicamente tava pautada em networking. Mal sabia eu que 15 anos depois eu ia voltar
por um podcast, nem existia podcast, pra vir falar sobre network.
E uma das coisas mais interessantes que na época a minha chefe me falou é: “Networking é como se fosse aquele porquinho que a gente guarda moeda.”
Hoje em dia já não existe mais moeda, quem dirá o porquinho; Mas o porquinho pros mais novos, a gente colocava a moedinha ali em cima e ia jogando a moedinha, um belo dia a gente resolveu quebrar esse porquinho. E networking é exatamente isso, você vai plantando, você vai investindo e um belo dia esse porquinho quebra, ele estoura e você consegue colher esse resultado.
Você não sabe exatamente o que vai dar pra comprar com o que sai de dentro desse porquinho. Mas só vai dar pra comprar alguma coisa relevante ou não se você efetivamente investiu nessa história de networking.
Então pra mim é desde aquela época, o que eu aprendi? Você tem que sempre tá investindo o relacionamento com pessoas. E aí pra quem me conhece, sabe que sempre fui muito aberto, ah, alguém me chamou pra bater um papo, pra tomar um café, vem aqui na minha empresa me ajudar, cê pode dar um treinamento, cê pode dar uma palestra, cê pode dar uma entrevista, faz uma demonstração de produto; Cê tem que sempre tá investindo o seu relacionamento com pessoas, por quê? Uma hora isso volta. Você vai ser lembrado, você vai ser reconhecido como uma referência e o ciclo virtuoso começa a acontecer. As pessoas te chamam e quando você precisa de ajuda de alguém, você já pagou antecipado.
Eu já ajudei uma pessoa numa determinada situação, eu já conectei com alguém. Então o networking por si só ele é uma coisa que tem que tá no seu dia a dia, tem que tá entranhado na sua cabeça e nos benefícios profissionais que você vai ter de longo prazo. Então construir essa rede o resultado vai vir de longo prazo.
Cordovez: Cara eu acho que essa é uma das principais lutas né? A intangibilidade do resultado, pra mim é é muito claro, isso ficou muito claro isso, quando a gente começou a saber movimentações de carreira, pessoas que eu entrevistei aqui foram ouvidas, mudaram de uma empresa pra outra.
Isso começou a acontecer e a gente começou a saber assim, 1, 2, 3 episódios ou convidados né? E eu acho que essa intangibilidade ou não saber quando esse networking vai se pagar, acho que uma das coisas que mais tira as pessoas do tentar, de investir tempo. Felizmente o é importante pra Meetime;
Mas a gente não desistiu de fazer essa rede aqui de entrevistados, mas eu sei que as pessoas lutam com isso, lutam com essa inteligibilidade e é como o exemplo do porquinho que tu deu, né? Tu não sabe porque cada moeda que tu bota ali é diferente. Então cada ação dessas que você faz, mentoria ou não é diferente e gera um impacto diferente que tu vai saber mais adiante.
Gustavo: E cara, sabe que tem um ponto interessante nesse negócio que você falou né? Tá falando muito de networking físico, de você ceder o seu tempo e etc, mas a gente fala hoje de Social Network, de redes sociais, é um exemplo superinteressante da minha própria presença dentro do LinkedIn.
Eu comecei meio de uma forma intuitiva a mais de 10 anos atrás usando o LinkedIn, e uma coisa que eu comecei a fazer naturalmente, essa história de investir o tempo, toda semana eu fazia uma recomendação pra alguém que era da minha rede, e eu comecei a perceber que 50% dessas pessoas me recomendavam de volta.
Com o tempo você começa a perceber alguns mecanismos que te retornam credibilidade dentro de um ambiente de rede, e óbvio, você tem que saber que redes você vai entrar, com quem que você vai se relacionar, quem que num futuro pode te ajudar ou quem que de alguma forma pode te abrir uma porta, então tudo isso tem um pouco de investimento de tempo e você tem que saber que cê tá investindo pra colher lá na frente.
Cordovez: Massa, suponha, pra voltar agora, que a gente com a pergunta anterior conseguiu a atenção da audiência e pô, beleza, eu vou investir mais tempo em networking.
A próxima pergunta lógica na cabeça da nossa audiência aqui, liderança ou não em vendas é, por onde eu começo meu networking cara? Esclarece aí, ilumina aí esse caminho pra galera.
Gustavo: Eu acho que a primeira coisa que você pensa quando começa a refletir sobre networking ou sobre investir o seu tempo é: o que que é importante pra você, o que que é importante na sua vida em termos de vários aspectos? Aí você pode fazer networking pro seu ambiente pessoal.
Eu vejo muita gente que quer participar de um clube esportivo, porque quer jogar tênis ou porque quer jogar golfe, ou porque quer fazer uma viagem que tá dentro de um certo grupo pessoal.
Eu, por exemplo, faço networking com um grupo de torcedores do Palmeiras. Eu sou um fã,
eu me relaciono ali dentro daquela comunidade, mas quando a gente pensa de dentro da carreira, você tem que olhar pra você como profissional e pensar, tudo bem, eu tô num início de carreira.
Vamos imaginar que eu sou um SDR, eu sou um executivo de vendas ou eu nem sou vendedor ainda, mas eu quero entrar na na área de vendas. Ah, como que eu construo meu networking pensando em 5, 10, 15, 20 anos? Então, você precisa pensar primeiro aonde você quer tá lá na frente, como você começa a se relacionar com essas pessoas.
Eu vou dar um exemplo meu, pessoal, de quando a gente começou a falar do Mercado SAAS aqui no Brasil, né? Eu trabalhava na Totvs, na época, isso era, entrei na Totvs em 2019.
Em 2013, eu comecei a liderar a unidade de negócios do Good Day, que era uma plataforma de Business Intelligence, mas eu tava ali vivendo num mundo Totvs né? Era um mundo de venda de software na época, tradicional. Era uma plataforma SAAS e eu percebi que isso era o futuro da tecnologia, futuro de vendas tava relacionado a SAAS, de produto, estava relacionado a SAAS.
E por sorte/competência, via LinkedIn, eu acabei conhecendo o Erick, fundador da RD e acabei transformando a RD no meu grande cliente no Brasil, cara, esses caras são muito bons, porque eles tão construindo é totalmente diferente e isso é um mercado que vai crescer. Eu preciso me conectar nesse ambiente. E o que que eu comecei a fazer? Eu comecei a me aproximar da própria RD. Então, fiquei amigo, né, de várias pessoas trabalhando lá, de outros Founders, participei ativamente do do RD Summit.
Fui, eu brinco com o Denis, diretor lá de da área de eventos da RD. Que eu fui o primeiro patrocinador, acho que é Diamond, né, em 2014. A gente pô, eu comecei a investir dentro desse ecossistema e criar relacionamentos. Provavelmente eu só toque hoje falando do porque lá atrás, cara, em 2014 eu visualizei que tinha um mercado crescente que eu poderia me posicionar como uma referência.
Só que teve muito investimento de tempo aí. É trabalhar, é fazer relacionamento, é fazer clientes, fazer amigos, participar de várias dessas ações. Então, o começo de tudo isso
é você enxergar qual que é o seu mercado, com quem que você quer se relacionar em termos de pessoas, em termos de empresas, em termos de segmentos. E aí o próximo passo é você efetivamente ter isso claro e começar a observar as oportunidades que surgem pra você se conectar.
Então pra mim foi fazer uma venda pruma das principais Startups que depois virou Scale Apps no Brasil, foi eu participar ativamente, me engajar num evento que acabou virando um ecossistema ali, e estando muito ativo dentro daquela comunidade, fortalecendo relacionamentos pessoais com pessoas importantes dentro daquele tema e ajudando essas pessoas também a ser mais bem sucedidas.
Então, olhando pra todos esses ecossistemas, e isso é todo tempo que você tá olhando essas oportunidades, né? É só pra dar mais um outro exemplo, mais recentemente, muito próximo da minha saída da Creditas, eu via que um outro grande ecossistema que tá se formando muito forte, é o ecossistema do G4 Educação.
Nós ali temos um ambiente muito forte de empreendedores, de executivos e de empresas que estão se conectando e que tem um alto nível que eu quero me aproximar daquilo. E eu consegui entrar no G4 através de relacionamentos que eu tinha construído a 10 anos atrás. Então, um ecossistema vai te puxando pro outro e cada vez te levando pra cima. Então, o primeiro passo pra quem quer começar a fazer networking é saber aonde você quer tá lá no futuro, obviamente você não sabe exatamente, mas qual que é o seu mercado?
Quem são as pessoas que podem te levar lá na frente e pensar que hoje a pessoa que você está se relacionando hoje que talvez é um analista, um gerente, esse cara é o founder, é o cara que vai mudar o mercado lá no futuro.
Cordovez: Cara, animal. Baita de um guia aqui prático pra você que está pensando por onde eu começo, quem eu sigo, com quem eu me relaciono, então se faça essas perguntas sobre o seu mercado, já vai te dar uma ideia de onde começar.
Pagotto, quando a gente se fala, imediatamente quando a gente fala, né? Em networking a gente lembra e discute redes sociais pela quebra de limites geográficos que ela tem. A gente acabou de pincelar isso 2 perguntas atrás. E parte do sucesso nessas redes sociais é aumentar a visibilidade das suas ideias.
Então como eu, profissional de vendas, vira uma referência dentro de um ecossistema?
Gustavo: É, as redes sociais elas têm um ponto muito positivo, que elas te dão escala e alcance, independente onde você esteja. Então, retomando ali, né, o começo de toda essa história que eu contei, eu trabalhava na na câmara alemã e a câmara alemã pra quem não é aqui de São Paulo, ela fica na zona sul ali na Chácara Flora, que é bem localizado mas não é ali bem no nicho da Faria Lima ou no Centro.
Se você tiver em zonas mais fora da cidade, das coisas que todo mundo falava, ah, é muito difícil deu ir até a Câmara de Comércio pra participar dos eventos, pra ter as trocas. Hoje em dia, é tudo virtual. Todas essas trocas acontecem dentro do LinkedIn, comprassem dentro do Instagram, tá acontecendo no Telegram, mas acontecem principalmente dentro do WhatsApp. Então, saber usar as ferramentas digitais como um canal de comunicação virou um ambiente muito crítico e muito especial.
Precisa saber usar esses produtos, saber como se posicionar. E aí, tem 3 tipos de pessoas, né? Eu diria utilizando as plataformas de conexão e aí vou falar especificamente de de grupo de WhatsApp, que é uma coisa que eu tenho estudado bastante recentemente.
Eu tenho um grupo, por exemplo, que eu participo, que é um grupo de conselheiros de start-ups. Ele tem 200 pessoas. O grupo é muito ruim. Por quê? Tem 200 conselheiros de startup ali, mas tá todo mundo ali só querendo chupinhar a informação, tá todo mundo passivo, todo mundo esperando receber ali algum pitch milagroso, que obviamente ninguém vai mandar no grupo pro próximo pitch no Facebook, ninguém vai mandar ali dentro do grupo, né? Então tá todo mundo ali, a pessoa que criou o grupo tentou criar uma rede, também tá envolvida com investimento de ou seja, tá todo mundo passivo, né?
Então, isso é uma coisa que não funciona. Você tá dentro de uma rede, você tá dentro de um grupo, cê tá participando de uma comunidade riquíssima mas você tá ali só esperando sugar a informação. Tem muita gente que olha comunidades ou participação criando network só como uma forma de tirar o seu proveito. E dá pra perceber isso muito quando a gente pega em eventos físicos.
O evento presencial, quando tem um evento, por exemplo, pra diretores de RH. E aí tem um monte de diretor de RH, gerente de RH, etc e tem alguns vendedores ali. Cara, o vendedor, ele nem presta atenção no conteúdo, ele não, ele tá só lá esperando a galera dá uma vacilada pra ir lá pegar o contato pra ele prospectar alguém pra vender.
Normalmente quando são os vendedores do patrocinador. Ninguém quer se relacionar com um cara que está ali só pra querer sugar conteúdo. Então tem esse exemplo. Do outro lado, dentro das redes sociais ou dentro do WhatsApp, tem aquela pessoa que tá todo tempo ali querendo advogar em causa própria, então é a que tá só tentando vender o próprio produto, fica falando que ela tá fazendo, fica divulgando as coisas dela, divulgando coisa da empresa dela e não contribui de uma forma qualitativa.
Quando a outra pessoa manda uma pergunta, ou um problema, ou uma situação, ninguém responde. Mas em seguida já vem essa pessoa e se advoga em causa própria.
Essas pessoas também elas começam, esse é o novo chato virtual, é a pessoa que só está ali, você só vê o nome da pessoa, pô você já cria uma imagem virtual negativa.
Então qual que é o terceiro perfil de pessoa que é interessante. É a pessoa que give and take, a pessoa que entrega conhecimento, que entrega seu tempo, que entrega a sua disponibilidade e que obviamente gera exemplo, gera referência pra outras pessoas, como se comportar também dentro desse ambiente, né? Então são as referências que puxam isso pra frente e é muito interessante.
Eu tô bem nesse começo de criação desses grupos, hoje dentro da PipeLovers, a gente tem um grupo pra SDRs, pra líderes de vendas e nesse começo é muito difícil, porque quando cê vai criar um grupo de WhatsApp, não tem ninguém, aquela bela história de um bar, ou de uma balada. Ninguém quer entrar no bar ou na balada que não tem ninguém.
Então no começo a porta tem que tá fechada, cê deixa entrar um por vez, a pessoa entra, ela acha que tá cheio, mas tá vazio. Cê tem que dar umas bebidas de graça pra festa começar acontecer e dentro de um grupo de WhatsApp quem é o Community Manager, ou moderador tem um trabalho de ativando essas pessoas individualmente.
Por exemplo, eu recebo muita pergunta individualmente no WhatsApp. Falo: fulano, fulana, manda lá no grupo, tem um monte de gente que tem essa resposta. E às vezes a pessoa manda lá no grupo, eu vou e quem sabe a resposta, e vou: “Pessoal, mandou aquela pergunta lá no grupo, responde lá ela que acha que vai ser legal, vai ter troca.“
Então tem um trabalho de você dar, receber, tem um pouco de investimento de tempo. Então essas pessoas que entregam conteúdo e recebem conteúdo são as que tiram o maior proveito, e fazem uma rede de eventualmente se desenvolver.
Cordovez: Pô que massa velho, que massa. Quando tu começou a distinguir os perfis, a gente começa a se encaixar, Pô, quais grupos eu estou ali e nem consigo contribuir, né? Nem consigo ter o tempo, dedicar, ou não consigo estar ativamente, que grupos eu poderia ajudar mais e acho que essa é uma reflexão fantástica, tá?
Deixa eu aprofundar um ponto, cara, que não é intuitivo. A importância, né, de não só nos casos das redes sociais ou no WhatsApp ali, não só de fazer ouvido, mas de contribuir, de ser ativo com o seu network. Cara, como manter contato com ativo, né, com essa rede que você construiu, cara?
Gustavo: Cara, acho que cada pessoa tem a sua personalidade. e acho que isso é uma coisa que é muito importante e requer muito autoconhecimento, Self Awareness, entendimento da sua postura, né? Algumas pessoas são mais vocais, são mais extrovertidas, são mais cara de pau e tão ali mais dispostas a compartilhar um conteúdo, tá mais visíveis, né? Acho que esse tipo de pessoa acaba tendo até uma maior facilidade, porque ela acaba sendo mais procurada. Acho que isso é muito interessante.
Mas tem o outro lado, as pessoas que são um pouco mais extrovertidas, e elas veem soluções de problemas, então cabe você proativamente se solicitar a ajudar alguém, então acontece muitas vezes eu ver alguém postando alguma coisa no Instagram, que eu não falo há anos.
Tem pessoas que eu já nem tenho tanto relacionamento, trabalharam comigo, tem gente às vezes que estudou comigo na escola, olha que caso interessante isso, né? Uma pessoa uma vez, uma pessoa que estudou comigo na escola, isso deve fazer mais de 20 anos.
Hoje ele é, enfim, sucessor dum grupo de mídia e ele postou sobre um livro, eu respondi falando, cara, esse livro é muito legal. Eu já li um livro parecido com eles, tal, tal, tal, tal, tal, tal e a gente tomou uma conversa, indiquei o livro pra ele, beleza, a gente nunca mais falou.
Eu não sei o que vai acontecer nos próximos 20 anos. Mas eu queria ali um ponto de contato, eu dei uma moeda. Eu coloquei uma moeda, né? Lembrando na história do cofrinho. Eu coloquei uma moeda ali. E essa é a grande vantagem. A gente está sendo exposto a tanto conteúdo a todo momento, que as vezes um comentário, uma resposta de um Stories, se colocar visível, se colocar disponível ou plantar essa oportunidade com qualidade, sem esperar algo em troca, é o caminho, que acaba abrindo essa avenida de comunicação.
A pessoa vai lembrar de você no futuro. Eu procuro, por exemplo, eu tenho feito isso bastante, obviamente tenho estudado sobre isso, mas tenho tentado fazer isso bastante no meu LinkedIn. Quem olha o meu LinkedIn, todos os dias, 8 horas da manhã, vai ter um post de alguém que eu conversei, o que que eu aprendi com essa pessoa e eu coloco ali tudo que eu aprendi.
Você não imagina o que que está acontecendo no meu LinkedIn. Todo dia eu recebo várias pessoas me mandando mensagem falando que querem tomar o café comigo, que me chamam pra visitar a sua empresa, porque elas veem que eu tô aberto pra esse tipo de coisa. Então, quando você se mostra aberto, você também é solicitado. Então são pequenos gestos que vão te mostrando e tem o lado oposto.
Tem pequenos gestos que vão mostrando como você fecha as portas. Então, eu vejo muita gente que é convidado pra ir em eventos e nunca vai, é convidado pra palestrar e nunca vai, é solicitado um benchmark e transfere pra uma outra pessoa do time, é chamado pra participar de uma reunião e recusa. Então, muitas vezes é um é um investimento do seu tempo que você tá dando sinais que você tá fechando portas e na verdade você tem que tá dando sinais que as portas tão sempre abertas pra você conversar.
Cordovez: Cara, animal esses insights. Tu começou, pra responder a minha próxima pergunta. São os erros. O que não fazer pra manter um networking saudável, cara?
Gustavo: É, networking é aquela coisa, você tem que, quanto tá cativando uma pessoa individualmente. Eu lembro que eu tinha uma uma executiva de vendas que trabalhava no meu time no LinkedIn, eu acho que pra mim ela era o grande exemplo de como construir e cativar pessoas.
Era impressionante como ela conseguia ter uma conexão individual e personalizada com diferentes pessoas, e era assim, era pra mim que acho que faço isso muito bem, consigo me conectar com muitas pessoas.
Tem uma memória muito boa, eu ficava chocado assim. Ela tinha às vezes a conexão com o um, era por causa do cachorro. O outro era por causa de música, com a outra pessoa era por causa de vendas. Aí às vezes você ia num determinado evento, ela tava com uma outra pessoa aleatória, disse, não, pessoas estão conversando, ah porque estão estudando espanhol juntos. Cara, impressionante como que essa pessoa conseguia se conectar de uma forma tão incrível.
Mas olhando pro outro lado, né? Então, o que é não fazer um networking não saudável? Quando você cospe literalmente pra cima. Cada vez que você fecha uma porta, que você trata mal uma pessoa, se você tem um comportamento que fere de um grupo, de uma empresa ou de uma determinada pessoa, você começa a ser colocado pro final da fila.
Assim, as pessoas não vão querer se conectar com você dentro desse sentido, você não vai ser convidado pra certos grupos, por quê? Todo mundo quer tá em um lugar onde se sente bem.
Falar aqui de literaturas recomendadas. Então, certas pessoas que tem um pensamento muito individual ou muito egocêntrico acabam: “Ah, eu tô muito mais preocupado comigo do que preocupado com os outros, isso não é problema meu, isso é problema do outro.“
Se você não tá pensando no problema do outro, o outro nunca vai tá preocupado com quais são os seus problemas. Então, acho que tem muito nisso, né? Todo mundo já passou por essa situação que eu vou falar agora.
Em algum momento você foi, a gente que tá em vendas, cara, quem nunca fez isso? Cê vai lá, cê conhece um amigo que eventualmente, amigo não, um conhecido, cê trabalhou junto ou se conheceu num evento, e aí cê quer vender pra empresa que essa pessoa tá.
Aí cê vai lá, cê tem o WhatsApp da pessoa, cê manda uma mensagem, as vezes no Instagram ou no próprio LinkedIn. Cara, tô vendendo aqui o produto tal, cê me ajuda a contato com o diretor X aí da sua empresa? Silêncio no rádio, a pessoa nem se dá ao trabalho de te responder.
Olá, tudo bem? Pô, meio chato, o senhor nem me respondeu, mas parte da vida, a gente como vendedor tá fazendo o nosso trabalho do outro lado. A gente não tem obrigação nenhuma de te responder. Beleza.
Aí passa um tempo. Cara, às vezes passa meses, às vezes passa anos. Eu já vi exemplos, vira e mexe as pessoas me mostram isso. Às vezes já passou décadas. A pessoa vem, ela vê a última mensagem que você pediu ajuda pra ela, ela te pede uma ajuda igualzinha. Cara, é muito impressionante como esse tipo de pessoa existe demais. Esse é o tipo de pessoa que nunca vai ter sucesso.
Ou você foi lá se pediu uma ajuda, quando era pra ajudar outra pessoa, pra você dar uma, pôr a moedinha no porquinho, você não quis, mas agora cê tá precisando de moeda, porque afinal você tem um problema e você precisa de ajuda. Cara, isso acontece muito. Essa é a forma mais tradicional que eu vejo de matar o seu network. Quando te pedem ajuda.
Aí eu vou dar o meu exemplo na Creditas, isso acontecia muito comigo, eu conheço muita gente no mercado de tecnologia como um todo, a Creditas é um grande comprador de tecnologia, pô, toda semana alguém me mandava uma mensagem pedindo, Pode me ajudar a falar com o CTO, diretor de tecnologia, diretor de produto, e eu já tinha um um modus operandi de como tratar esse tipo de de demanda.
Fala, cara, muito legal. Primeiro, você já sabe com quem você quer falar, se certamente tem o LinkedIn, me fala quem é a pessoa que você quer falar. Me manda por email, um do que você quer e me manda um material, cê vai me mandar esse material, eu vou encaminhar pra essa pessoa aqui dentro, se ela me der retorno te conecto, se não não, né?
E o que era interessante, cara. Vou te dizer que assim, 75% nunca me mandavam um email, já começa por aí. Então, a pessoa só queria que eu, se ninguém faz milagres, eu me coloquei disponível. Olha, claro, eu posso te ajudar. Cê ajuda que eu te ajudo. Tá? Depois das pessoas que me mandavam email, eu fazia o trabalho de encaminhar o email internamente pra essa pessoa que, enfim, efetivamente era o tomador de decisão, influenciador no tema, em geral as pessoas nunca me respondiam, né?
Porque essas pessoas são altamente acessadas, mas o pessoal que me respondia, mas eu também não fazia follow up que não era o que tava vendendo. Mas essa estatística mais interessante, tá? Dos meus 3 anos de Creditas, só teve uma pessoa que chegou lá, me mandou uma mensagem, eu pedi um email, a pessoa me mandou um email, eu encaminhei pro CTO na época.
Essa pessoa que queria vender, me fez um follow up, deixa eu fazer um aqui e eu consegui uma reunião. Cara, é muito maluco. Sim, então assim, as pessoas querem receber ajuda, mas também não fazem o seu papel, mas eu do meu lado, pra mais de 300 pessoas que me pediram ajuda, eu estive lá, eu ajudei, eu fiz o meu papel, eu não tô resolvendo pro lado de ninguém, mas eu tô aqui fazendo o meu trabalho.
Então, pô, é muito fácil você simplesmente ignorar uma mensagem e não responder, mas não responder e não fazer alguma coisa te custando no seu networking de longo prazo. Então, dá pra pensar ali em como você se comporta em determinadas situações.
Cordovez: Mas, cara, eu vou adicionar aqui, Pagotto, uma experiência, ou acho que um dos itens pra tu não fazer um networking saudável ter agendas ou interesses ocultos primórdios da Meetime cara.
Um conhecido né? A gente tinha trabalhado junto em outra experiência em uma multinacional que eu trabalhava, ele também ele pediu uma mentoria sobre a startup dele e cara,
falei pô vamos lá né? Sentei e era um pitch disfarçado, era um recrutamento na verdade, disfarçado pra essas pirâmides de produto de beleza saca? Cara imagina oculta né? Não era uma mentoria pra uma startup, era um recrutamento pra uma pirâmide.
Cara eu fiquei fodido. Assim, hoje eu eu teria dado outra resposta tá? Que estou mais velho mais impaciente. Mas na época, a primeira coisa que eu disse: “Olha cara, se essa intenção tivesse aberta essa reunião não tinha acontecido. É a Meetime, eu não vou vender esse teu produto”
Então acho que eu nunca mais olhei e enxerguei essa relação da mesma forma, tá? Então agendas ocultas nesse networking prejudicam demais. Se é pra vender a bordo do cara como Prospect, seja sincero, sabe? Eu acho que esse interesse oculto machucou demais a forma como eu encaro a seriedade desse profissional sabe? Então foi um ponto extremamente negativo eu lembrei desse ponto aqui em networking pra trazer pra ti também.
Gustavo: E você sabe que tem cara assim, a gente acabei falando aqui de como não construir um networking saudável, mas existem as comunidades e as redes que são criadas pelas próprias empresas né?
E esse é um grande desafio efetivamente do mercado. Imagina, você é uma empresa, você quer, hoje fala muito sobre construir negócios baseados em comunidade. Pô, mas eu sou lá uma, sei lá, uma plataforma de eventos, né? Eu vou criar uma comunidade de pessoas que organizam eventos. Legal.
Pô, eu tenho que fomentar essa comunidade, mas invariavelmente, dentro de uma comunidade que vai discutir eventos, a gente vai falar de vários fornecedores, a gente vai falar de preço, a gente vai falar de quem é melhor, de quem é pior. O que em geral eu vejo de marcas querendo criar comunidades, sejam pra B2C, mas até pra pra B2B, é que na verdade não é uma comunidade pra comunidade aprender entre si. No final vira uma base de dados, um mailing, pra aquela marca, pra vender praquele público, né?
Então pessoas percebem isso, elas veem que não é genuína, então isso até foi uma das coisas que me motivou muito no no Pipelovers, né? A gente vê, cara, quantos profissionais de vendas tem no Brasil e você não tem um ambiente neutro onde eu vou e que ele é agnóstico a produtos, a serviços enfim, metodologias, a enfim, escolas de negócio.
Cara, ele é um ambiente pra profissionais de bem-estar, né? Então, é um ambiente onde eu vou e eu sei que, na verdade, ninguém vai me vender nada. Eu posso até comprar alguma coisa porque a gente sempre tá precisando contratar algum serviço, produto, treinamento, pessoas, né?
Mas essa é a grande dificuldade, né? Então eu vejo muitas empresas querendo criar suas comunidades, mas não é genuíno. Ela começa a criar uma comunidade porque ela quer vender praquele público. Você já começou querendo tirar do porquinho e o porquinho nem existe, né? Então eh você já tem um problema.
Cordovez: Exato, exato. Cara, a nossa audiência pagou até composta de muitos líderes comerciais, né? Mas também de STRs, vendedores. Como é que o networking pode ajudar um profissional de vendas, cara na liderança, né? Quanto fora dela?
Gustavo: Eu acho que o principal que eu tenho visto em relação a profissionais de vendas, a gente que tá aqui na Bolha Tech, né?
Empresas investidas, a gente tá numa bolha onde todo mundo tem muito acesso a informação, a gente tem muito relacionamento e a gente tá em empresas muitas vezes que tem muitos gerentes, muitos líderes, pessoas que vieram de outras empresas com bastante conhecimento.
Essa não é a realidade do Brasil.
A grande maioria das pessoas, inclusive a grande maioria das pessoas que está ouvindo aqui o podcast são executivos de vendas, SDRs, ou gerentes de vendas, que tão em empresas de pequeno porte. Essas pessoas, elas não tem muitas vezes pares com quem trocar. Às vezes o chefe direto não é uma pessoa com tanta experiência ou muitas vezes reporta pro dono da empresa.
E esse dono da empresa não é uma pessoa especializada em vendas. Enfim, ele foi o fundador de uma empresa de alguma outra coisa, então não é especializado nisso. Então, o primeiro grande benefício do networking, então, eu vejo muitas pessoas bem sucedidas, investiram muito em né, então, quando você troca com pessoas, quando você tem uma rede de relacionamento forte, você consegue encontrar conhecimento específico do que você procura.
Então eu sou um SDR, como é que eu pego aqui melhores práticas de uma cadência? Como é que eu faço um pra contornar a objeção? Como é que eu vou fazer ligação? Como é que eu recebo feedback? Ou seja, se você se encontrar com outros SDRs, você consegue aprender muito sobre isso. Então, troca de conhecimento é muito importante e, normalmente, a gente tá isolado em silos, é difícil de fazer esse crescimento.
O segundo ponto que eu vejo muito, é definitivamente o mercado, o flow de talentos, então quanto mais você cria relacionamentos e vai fazendo conexões com pessoas, você tem uma oportunidade de receber uma oportunidade de emprego e ir pra outro lugar e da mesma forma você tá construindo um pool de pessoas, você como líder de criação de time, de recrutamento de talentos e aí tem uma história engraçada sobre isso, né?
Fui Trainee de vendas lá na na câmara alemã, e depois do período que eu fui Trainee o instrutor de vendas ele acabou saindo e foi fazer outra coisa e a minha chefe da época falou, cara você já saiu aqui da câmara alemã, mas você não quer continuar dando o treinamento? Uma vez a cada 6 meses, você vai gastar aqui dois dias e tal.
Ah beleza, tá? Corta, fiquei 10 anos dando esse treinamento a cada 6 meses, treinei 20 turmas de vendas. Cara, imagina relacionamento com quantas pessoas de vendas. Eu fiz em início de carreira, que no futuro eu acabei contratando. Então essa história de talento, de relacionamento é muito, muito legal. E obviamente, dentro dessas redes de relacionamento, você vai encontrar potenciais clientes.
Então você conhece uma empresa ali que é um potencial, tá dentro do seu ICP? Ali é sua persona? Não necessariamente você vende pra vendas, mas através desse relacionamento com vendas essa pessoa vai te apresentar pra área lá específica que vai comprar o seu produto. Então acaba virando um negócio que a gente falava muito lá de Sales Navigator que é fazer uma Warm Introduction, como que eu faço uma ponte até chegar no meu ponto de contato ideal, porque vou fazer uma prospecção fria é difícil.
Então, dentro desses grupos, fortalecendo esse networking, você abre muitas portas. Então prospecção também é um caminho muito relevante nesse aspecto de se conectar com mais gente e quem tá numa carreira em vendas, você precisa criar mais, mais relacionamento pra sempre tá vendendo mais.
Cordovez: Com certeza, cara uma camada que eu adicionaria pra botar aos aspectos que você mencionou são mentores. Quantas vezes eu me vi em platôs de crescimento ou respostas que eu não tinha e no meu networking tinham pessoas com 2, 3 passos de carreira e hoje eu tenho um mentor formal, a gente se encontra a cada 2 meses foi mais intenso no em 2021, mas a gente se encontra a cada 2 meses pra discutir estratégia da Meetime, crescimento etc. Então tudo isso de networking tá? De conhecer outras pessoas, outros empreendedores, outros gestores, enfim.
Então se você às vezes está precisando evoluir seu jogo, sua empresa, sua técnica, sua habilidade de ser um profissional ali provavelmente no seu networking estão pessoas, 2, 3 passos à frente em carreira que podem te ajudar também. Então esse é um outro aspecto que destravou crescimento pra Meetime, que eu sempre, sempre em palestra, treinamento, etc, valorizo, que são mentorias. Tenho os mentores, teus próximos mentores provavelmente estão também na tua de relacionamentos.
Gustavo: Cara, eu acho que tem aqui um excelente ponto que você comentou sobre mentoria, porque acho que tem um bônus aqui pra todo mundo que tá ouvindo o episódio, e vamos ver quem chegou até essa minutagem. Eu tenho feito mentorias gratuitas pra líderes de vendas
acessar o meu perfil do no meu LinkedIn, tem o link lá.
Cara, eu dedico 1 hora do meu dia todos os dias para mentorias. Então, pra mim, como mentor e cara, aproveitando toda a experiência que eu tenho, essa troca é muito massa, cada mentoria eu aprendo tanto sobre novos mercados, eu gosto muito de ser hands on e é nessas horas que você aprende de fato o que tá acontecendo no mercado.
Cara, eu vou te dizer, cada mentoria que eu dou eu aprendo no mínimo umas 2, 3 coisas novas e é muito legal. Então, já fica o convite aí pra todo mundo que quiser. Agenda tá lá aberta, ela é concorrida, mas ela tá aberta.
Cordovez: Que massa. Cara, pra gente finalizar, Pagotto, a gente começou a tocar nesse assunto quando você mencionou comunidades, né.
A gente vê comunidades até no LinkedIn de vendas caindo no esquecimento enquanto outras, Como tu mesmo mencionou em WhatsApp que tem um pouco mais de participação e proximidade, florescem.
Como eu profissional de vendas posso me aproveitar ou posso aproveitar das comunidades pra aumentar networking?
Gustavo: Você precisa encontrar uma uma comunidade, um grupo que seja efetivamente ativo e você possa entregar conhecimento e você consiga receber conhecimento, né?
Uma das coisas que a gente tem discutido muito na Pipelovers e a gente criou uma dinâmica agora de benchmarks semanais. Então, todo mundo do grupo, cada semana se encontra com uma pessoa. A gente fala muito da seguinte frase: Ninguém é experiente demais e não tem nada pra aprender e ninguém é júnior demais que não tem nada pra enganar, né?
Então assim, isso é muito legal, então precisa buscar grupos de comunidades que efetivamente tenham essa atividade e normalmente como que você encontra uma comunidade como essa
né? Você encontra quando você conhece alguém que já faz parte dessa comunidade.
Eu tenho um caso interessante, né? Eu sou parte como eu falei, né? Dum grupo que chama Maçonaria Alviverde, que é só de palmeirenses, e pra entrar nessa nossa comunidade, só
pode entrar se você é indicado por um membro, você passa la por um processo, e a gente todo final de ano a gente brinca que a gente faz o facão, né?
A gente elimina as pessoas que não estão, que não vão nos jogos, que não tão interagindo no nosso grupo ali pra falar mal de corintiano, pra falar bem do Palmeiras, né? Então assim, tem os rituais, a própria comunidade tem os seus rituais.
Mas como profissional de vendas, eu acho que o caminho é isso, assim, conversar com seus pares, entender onde que eles tão frequentando, porque se você pras pessoas que você já tem algum nível de de conhecimento, ou que você até tem um uma certa afinidade digital, essa pessoa vai te abrir a porta pra você entrar nessa comunidade, ela vai te ajudar a te inserir dentro de ambiente, então ela vai te apresentar as pessoas que você já conhece, você vai criando relacionamento, e aí essas novas pessoas vão te conectando com outras até que você começa a navegar sozinho desse ambiente.
Outro ponto importante, não adianta só entrar, tem que entrar e tem que de alguma forma
dedicar, se empenhar. Então, se é um grupo de WhatsApp, um grupo dentro do do LinkedIn, cara, pô, lê o negócio ali, se você parar uma vez por dia, óbvio que a gente tem muito grupo, muita mensagem, muito vídeo, muito áudio.
Mas cara, assim, se é uma comunidade que te agrega valor, que você acha que um dia aquilo ali vai te dar um aprendizado, um retorno de voto. Pô, gasta um tempo, dá uma lida, se tem algum tema que você gosta, responde ali: ó, fulano, cara, acho que eu posso te ajudar com isso. Me manda mensagem no privado, você também não precisa ficar fazendo ali uma aula em um em grupo aberto, mas você tem que investir o seu tempo e saber aonde que você vai colocar o seu ponto.
Então, é encontrar esses meios, é ser ativo e, óbvio, também. Vai trazendo mais gente pra dentro da comunidade, porque quanto mais você fortalece aquele grupo, quanto mais, aquela
o cara que que quis te vender o produto de pirâmide, que você ficou P da vida, uma comunidade tem um quê de pirâmide. Porque os próximos que entram trazidos por você, eles te dão mais credibilidade dentro da comunidade e você, ou seja, você passa a ser mais relevante, pô, eu tô trazendo mais membros pra essa comunidade.
De alguma forma, é muito engraçado isso. A pessoa que te trouxe tem um pouco de senioridade em relação a você dentro do grupo, porque ela já viveu um pouco mais dessa história, então também cê tá aumentando o seu capital social ali, o seu capital, capital de faz sentido, não faz sentido.
Então, é muito interessante essa essa ciência psicológica do que rola dentro de grupos e comunidades. Então eu acho que é isso. É encontrar bons lugares para se conectar com pessoas e devolver, né? Cê tem que na verdade pagar antecipado pra ter retorno dentro dos grupos e das comunidades.
Cordovez: Cara, animal, valeu demais a pena quebrar essa barreira dos 30 minutos, a gente pode aprofundar muito aqui nesse tema.
Gustavo vou te pedir links. Cara, vídeos, livros, conteúdos relevantes sobre esse assunto que tu queira dividir, compartilhar com a audiência pra que além dessa aula aqui do a pessoa tenha mais pra evoluir seu próprio network.
Gustavo: Cara, assim, eu não podia começar falando de 2 livros que são muito importantes pra quem quer se desenvolver em termos de relacionamento, de vendas e de participação dentro de uma comunidade, fortalecendo o seu o primeiro é um livro super clássico e tradicional de vendas. Se você é de vendas e ainda não leu, não sei o que que cê tá fazendo em vendas, que é “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, do Dale Carnegie, que é um clássico, mas os 10 princípios do livro, muitos deles tem a ver com como construir.
E o segundo livro, É do Adam Grant, que pra mim é um dos caras que eu tenho mais lido recentemente, né? Também fala muito sobre questões psicológicas, que é o Dar e receber. É um livro muito bom, gosto muito dos livros dele e do Simon Siné. Hoje em dia são 2 autores que eu tenho lido muito, mas tem esse livro do do Adam Grant. Então, em termos de literatura, eu acho que são esses 2 pontos.
Queria convidar, obviamente, todo mundo, pra me seguir no LinkedIn, quem ainda não segue, eu tenho falado muito sobre vendas, muito sobre comunidades, e principalmente compartilhando muitas coisas que tem acontecido dentro das comunidades lá que a gente tá gerenciando, e uma coisa que eu percebi, né?
Conforme o volume de conhecimento, de informação tá crescendo no mundo, a gente precisa saber sintetizar e entregar pílulas mais mais reduzidas, então tem isso;
E obviamente quem quiser seguir a PipeLovers no no LinkedIn, no Instagram, vai ser um prazer ter vocês aí junto e contribuindo pra que todo mundo possa aprender de uma forma colaborativa.
Cordovez: Gustavão, mais uma vez cara, brigado pelo teu tempo! Fica a vontade agora meu, pra comentar um pouquinho sobre o teu LinkedIn, enfim contatos, você quer fazer network com o Gustavo Pagotto, como a nossa audiência conseguiria cara?
Gustavo: Cara eu sou um cara que responde todas as mensagens que vocês mandarem no no LinkedIn, então me siga, se quiser me manda mensagem direta ali dentro ou comenta nos posts.
Comentar nos posts é sempre bom porque o algorítimo do LinkedIn gosta, mas cara além de tá construindo a Pipelovers, essa essa comunidade, unidade, eu também tenho atuado como Sales Advisor em algumas empresas, né? Principalmente de tecnologia, então se você é um um fundador ou algum investidor que precisa de algum tipo de ajuda, eu tenho dedicado uma parte do meu tempo pra isso.
Tem também feito treinamentos de vendas em algumas empresas, mas principalmente em escolas de negócio, palestrado muito em eventos, acho que eu consegui agora finalmente ter um pouco mais de tempo pra fazer uma coisa que eu gosto muito cara e em congressos de vendas e é muito legal porque às vezes cê é convidado pra de temas um pouco alternativos.
Recentemente eu fui num congresso de vendas de franquias de odontologia, e é muito como a gente leva o nosso conhecimento de mundo de vendas de pra outros segmentos, e é muito legal assim, pra mim foi super aprendizado e principal, eu sou acho que um eterno aprendiz, o pessoal brinca quando você começa a aprender, parece que cê tá começando do zero, é um livro em branco.
Então, saibam aí muitas pessoas que tiverem ouvindo, que eu vou acionar muita gente
pra efetivamente me ajudar a fazer várias coisas aqui pra botar esse negócio de pé. Se preparem que eu vou tentar acionar muita gente que eu já coloquei a moedinha. Agora eu vou precisar quebrar o meu porquinho pra ter ajuda de volta.
Cordovez: Sensacional cara, muito legal, parabéns pela iniciativa, Gustavão, lindo vê a doação e um negócio sendo construído com capital, né? Com capital no sentido de, nesse capital que vocês mencionou, um capital social, um capital de doar mercado antes de pedir.
Você começou os conteúdos recomendando livros antes de pedir que as pessoas sigam você e a Pipelovers. Então dá pra ver que está no teu DNA. Está tatuado aí no teu discurso e na prática o giveback, então parabéns cara pela doação eu tenho certeza que a Pipelovers está em ótimas mãos, pela pela tua mentalidade mesmo de entregar antes de pedir, Então cara conta com a gente aqui também pra fazer esse negócio dar certo.
Pra você que ouviu esse episódio até agora, se você gostou, se você ach tirou insights valiosos, por favor deixa lá suas avaliações na sua plataforma de áudio, vai fazer as estrelinhas, vão fazer com que a gente chegue a muito mais gente!
Mais uma vez obrigado cara pelo teu tempo, um abraço, e até o próximo episódio!
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